“Meu Bebê Reborn” e “Ultra Bebê” tem links temporariamente abertos

Em homenagem ao mês da Mulher, a Sambaqui Cultural abriu temporariamente os links dos telefilmes Meu Bebê Reborn e Ultra Bebê. Os dois documentários retratam perspectivas diferentes relacionadas à maternidade, e junto com o longa Proibido Nascer no Paraíso, compõem a Trilogia da Maternidade da diretora Joana Nin. “Como a estreia do longa-metragem foi adiada para abril por conta da pandemia, decidimos compartilhar os dois telefilmes abertos na rede, enquanto o público espera o novo lançamento”, explica a diretora. Os dois filmes estarão disponíveis e abertos até a data de lançamento do longa nos cinemas, a confirmar.

Desde seu primeiro filme, o curta-metragem Visita Íntima, a cineasta Joana Nin dedica-se a dar voz às mulheres em seus documentários. Para o lançamento de Proibido Nascer no Paraíso, Joana está propondo um debate acerca do direito de escolha da mulher sobre sua própria gravidez e parto. “Não acho razoável que as mulheres sejam privadas de fazer as próprias escolhas por estarem grávidas”, comenta. A diretora está propondo desde o dia 8 de março, por meio do Instagram do filme, uma nova hashtag #opartoémeudecidoeu.

                    Reprodução/Instagram @proibidonascernoparaiso

O primeiro filme da trilogia maternidade, Ultra Bebê foi inspirado no livro “ ‘Meio Quilo de Gente’ um estudo antropológico sobre ultra-som obstétrico” (RJ, Ed. Fiocruz, 2007), da médica e antropóloga Lilian Krakowski Chazan. “Joana conseguiu captar maravilhosamente bem todo o argumento da minha tese e transformar em informação visual. Foi uma surpresa sensacional”, comenta. Para a antropóloga, o espetáculo em torno da gravidez continua igual ao cenário encontrado em 2002. “Houve uma expansão para as camadas populares, mas o aspecto de espetáculo continua exatamente igual”, finaliza. Os dois filmes já lançados que compõem a trilogia estão disponíveis gratuitamente, até a data de lançamento em salas de cinema do longa Proibido Nascer no Paraíso. Confira abaixo.

Trilogia Maternidade 

Ultra Bebê – Hoje em dia a tecnologia está no centro da experiência da gravidez, orientando passo a passo os nove meses, mas não foi sempre assim. Até a década de 1940 a gestação era um tema feminino-familiar, a barriga era opaca e o acesso ao feto dependia da experiência sensorial da mulher. A ideia de “diagnóstico” transformou este momento. Os exames de imagem chegaram, se aprimoraram e hoje já é possível até imprimir o feto em 3D. O Brasil é pioneiro nesta tecnologia que vem auxiliando em tratamentos médicos, mas também servindo para transformar a gravidez em um espetáculo público.

Meu Bebê Reborn – O nascimento de um bebê é um momento singular, e não é diferente para as mamães reborn, mas seus filhos são enviados por cegonhas. Esse é o nome dado às artesãs que customizam bonecas de vinil para se parecerem com bebês reais. A narrativa segue como uma linha de produção, passando por todo o processo de fabricação, industrial e artesanal, que dá aos bonecos feições hiper-realistas. E aborda os consumidores finais, colecionadores ou pessoas que adotam rotinas de cuidados, como as que dispensamos aos nossos filhos. Um filme sobre o puro e simples sentimento da maternidade – e o mercado que cresce ao seu redor. 

Proibido nascer no Paraíso, (2021) narra o drama de gestantes de Fernando de Noronha que são proibidas de terem seus bebês na ilha. Há 17 anos as mulheres do arquipélago são forçadas a se afastar de casa para terem seus bebês. As que se recusam são coagidas a sair, nem mesmo nativas podem optar por ficar. A proibição coincide com a explosão do turismo na ilha e gera conflito entre empresários e aqueles que têm direito à terra. O filme acompanha a saga de três gestantes de famílias tradicionais da gravidez até o parto. 

ESTREIA EM ABRIL NOS CINEMAS.

Acompanhe as notícias do lançamento do longa aqui

Os filmes tem distribuição da Boulevard Filmes.